The third conference of LUPOR the Research Group on Lusophone Postcolonialisms started at the University of Utrecht (subsequent meetings at the University of Manchester and at the University of Wisconsin-Madison) will take place at the Centro de Estudos Humanísticos of the University of Minho in Braga from 1 to 4 July. The complete program can be viewed here.
Friday, June 25, 2010
Tuesday, June 22, 2010
Nieuwe boek van Saramago: De andere kant
Paperback | |
Omvang: | 240 Blz. |
ISBN: | 9789029085878 |
Prijs: | € 17,95 |
Catalogus: | Voorjaar 2010 |
Fonds: | Non-fictie |
Verschenen: | Maart 2010 |
Santo António de Lisboa: Restaurante
Sunday, June 20, 2010
José Saramago longe e perto de nós
Na sequência da morte de José Saramago, um singelo texto de homenagem e lembrança da Professora Teresa Cristina Cerdeira da Silva, uma das mais distintas investigadoras da obra do Prémio Nobel de 1998:
Ir para longe, para o coração dos homens
O mundo ficou mais pobre hoje pela manhã. Morreu José Saramago. Não morreu o escritor, que esse nem morre e há de ser relido e reinventado pelo tempo afora. Morreu uma voz, que a partir de hoje só poderá ser ouvida pelo que já disse – e não será pouco nesse caso – mas já não intervirá nas cenas que o nosso mundo há de revelar. E é pena. É uma grande pena. Porque essa voz presente, ousada, tantas vezes polêmica, não necessariamente diplomática, tinha a beleza e a força do que nem sempre é previamente medido, mas que por isso mesmo abala, desentorpece, desinstala.
Dizer que foi um grande escritor seria tão banal que não mereceria espaço na economia deste texto. Mas talvez valesse intuir o que continuará a fazer dele – sem grande exagero premonitório – um escritor especialíssimo do nosso tempo. Quando as verdades vacilam, quando as crenças vêm sombreadas de desconfiança, quando o cansaço e o desencanto fazem da banalidade o objeto de desejo, quando parecem fracassar as últimas utopias da humanidade, gosto de pensar na galeria de personagens que ele criou, não porque a ficção seja um alento, mas porque de dentro dela esses personagens nos ajudam a encontrar a fenda no muro da história. Não estamos ali diante de um otimismo banalizado, mas a verdade é que, nesses romances que nos agarram pela inteligência e pelo coração, João Mau-Tempo erige-se como herói coletivo na luta de camponeses alentejanos; Blimunda e Baltasar garantem a permanência do sonho de criar; Raimundo Silva, modesto revisor de livros, põe em causa o conceito de história; e inventando sortilégios contra a morte, um certo senhor José reivindica a inscrição de todos os nomes nos “ficheiros” da história, porque afinal o dia só pode ser concebido ao lado da noite, ou de outro modo o presente ao lado do passado.
Eu conheci José Saramago há quase trinta anos, em dezembro de 1981. A observação poderia ser perfeitamente anódina e só não o é porque daquele encontro restou, entre tantas coisas, uma dedicatória inscrita no Levantado do chão que era já uma declaração de intenções desse humanista do nosso tempo. Dizia assim: “Para TC, que veio de longe e que, lendo este livro, para longe irá – para o coração dos homens, para o sofrimento deles, para a esperança que está perto – a futura e duradoura amizade do José Saramago”. Estava ali declarada, apesar do sofrimento, a esperança que ele sempre teve no coração dos homens.
Quisera hoje ter eu podido dizer à morte que tardasse mais um pouco a entrega da “carta violeta” que ele usou como metáfora nas Intermitências da morte . Teria sido um modo de pedir a ela que deixasse um pouco mais conosco um homem que amava os homens.
Teresa Cristina Cerdeira
Monday, June 14, 2010
Mudança no regulamento de bolsas de doutoramento
Friday, June 11, 2010
Novíssimas Guerras: Novo livro
New initiatives to offer Portuguese in secondary schools
In today's edition of Público, an article by Alexandra Prado Coelho refers the need to redirect the teaching of Portuguese outside Portugal to insure that it is offered in secondary schools. Extra funding is mentioned to try to bring that about. Even though that is not mentioned in the article, offering Portuguse at secondary level would also be an important step for developing Portuguese Studies at university level.
O Português quer estar nos liceus estrangeiros ao lado do Inglês e Francês
Sunday, June 6, 2010
Vieira da Silva painting achieves new record
Elephant's Journey from José Saramago coming out in English
Thursday, June 3, 2010
Falecimento de João Aguiar
Wednesday, June 2, 2010
Symposium Portugal-Netherlands: Past and Present
11 June 2010 Sweelinckzaal, Drift 21, Utrecht
The celebration of Portugal’s National Holiday (10th June) in the Netherlands presents itself as the ideal pretext to promote a discussion about the historical and cultural relations between the two countries. Supported by the Camões Institute for the promotion of Portuguese culture abroad, in association with the Portuguese Embassy in The Netherlands, Utrecht University invites Dutch and Portuguese specialists and enthusiasts from various fields to come together and reflect on the two countries’ connections throughout history, tracing back different moments when their past endeavours, global context and shared interests have brought them together.
This diachronic expedition will progressively lead the debate to the present day, always emphasizing mutual influences, preserved and continually renewed cultural links, as well as encouraging a digression through Portuguese literary and artistic manifestations in contemporary Dutch society.
PROGRAM
9:00 – OFFICIAL OPENING of the Symposium by the Portuguese Ambassador in the Netherlands, Manuel Nuno Tavares de Sousa.
Lecture by Prof. Venkat Mani on World Literature
VENUE: Kromme Nieuwegracht 80, Stijlkamer van Ravesteijn, 15:00-17:00
Monday, June 7 2010
This paper intervenes in contemporary discussions of World Literature in the Anglo-American academy, which frequently reference Goethe, Marx and Engels, and later Auerbach from the German speaking World. With the inclusion of Hermann Hesseʼs conceptualization of a library of world literature in his essay, “Eine Bibliothek der Welt Literatur” (1929), the paper spotlights a hitherto under-discussed text, which proposes new standards of world literary comparison in the 20th century. The paper makes a case for comparative examination of World literatures beyond the Western literary landscape. To this end, it argues for an inclusion of libraries— private and public—as spaces of circulation, distribution, and classification of literatures. The paper focuses on three key terms: the Bibliothek, the Bibliograph, and the Bibliophile to imagine World literature as a transactional space conditioned by Bibliomigrancy—physical and virtual movement of books from one part of the world to another.
B.Venkat Mani is Associate Professor of German at UW-Madison and faculty affiliate of Centers of Global Studies, German and European Studies, and South Asia Studies. He leads UW-Madisonʼs World Literature/s Research Workshop. He was educated in India, Germany, and the United States. He is the author of Cosmopolitical Claims: Turkish-German Literatures from Nadolny to Pamuk (University of Iowa Press, 2007). He has published articles on cosmopolitanism, postcolonial theory, globalization, migration, language, and politics of pedagogy. He is currently working on a book-length project, “Borrowing Privileges: World Literatures and Bibliomigrancy”, a study on comparative literature and world literature with a
special focus on public and private libraries. Current projects include a translation, from German into English, of three essays by Hermann Hesse on the topic of World Literature, and a new Hindi translation of Bertolt Brechtʼs Die Dreigroschenoper. Recent grants include a DAAD Grant for the research collaborative “Positioning ʻModernʼ Germany: Nationalism and Cosmopolitanism, Colonialism, Migration.”